Qual é a origem das máscaras de carnaval?
Do drama ao luto
As máscaras são elementos muito anteriores à consolidação do carnaval como uma festa popular. Ao longo da humanidade, o utensílio foi amplamente usado para representar divindades, seres sobrenaturais ou antepassados, sendo item fundamental em diversos rituais e celebrações religiosas.
Com o tempo, essa finalidade dá espaço para o uso nas artes: é na Grécia antiga, por exemplo, no século V a.C., que ela começa a ser utilizada em peças teatrais.
Nesse contexto, as máscaras passaram a servir de reforço das emoções que o espectador deveria reconhecer no ator, ainda que estivesse muito longe do palco. É aí que nasce o símbolo do teatro até os dias atuais: duas máscaras gregas, uma triste, e outra alegre – ambas exageradas, com traços bem marcados e expressivos.
Mais do que isso, as máscaras também eram usadas como forma de substituir o papel feminino: na Grécia Antiga, mulheres não eram consideradas cidadãs, sendo limitadas aos afazeres domésticos. Assim, ao lado de perucas, as máscaras davam vida à Jocasta, Clitemnestra, Electra e tantas outras personagens femininas do drama grego, interpretadas por homens.
Os povos da Grécia antiga são o exemplo mais clássico do uso de máscaras na antiguidade, o que não significa que seja o único. Não devemos esquecer, também, que por muito tempo elas foram utilizadas com um sentido completamente inverso a festividades em outras regiões: no Egito, por exemplo, a máscara era um dos adornos que acompanhavam os corpos dos faraós em seus sarcófagos, como forma de proteção e preparo para o mundo divino. O mesmo uso também aconteceu na própria Grécia, junto ao costume de se colocar duas moedas de ouro, uma em cada olho, para que a alma possa pagar, no mundo dos mortos, a passagem de barco pelo Rio Estige até o mundo inferior.
Fonte e leia mais em:
https://literario20.editoradobrasil.com.br/qual-e-a-origem-das-mascaras-de-carnaval/
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